Sinais que enviamos e interpretamos

em segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

 
  Você já assistiu "Ele não está tão a fim de você"? Se não, assista já. É um filme lançado em 2009, mas é tão rico de informações profundas sobre relacionamentos que merece ser considerado atual. Muito atual! Fala muitos dos sinais que recebemos o tempo todo de nossos parceiros, e de como interpretamos. Não só de parceiros, mas de quem estamos conhecendo e criando expectativas. 
  Ah, os sinais. Esses pequenos gestos, olhares, palavras – ou a falta deles – que nós, mulheres, passamos horas decifrando como se fossem enigmas deixados por uma civilização perdida. É engraçado pensar em como somos verdadeiras especialistas em analisar cada “mensagem oculta”, enquanto os homens parecem estar jogando um jogo completamente diferente, com regras que nem sempre fazem sentido pra gente.
  Por exemplo, ele te manda uma mensagem com um “hei” seco, sem emoji, e sua mente imediatamente entra em modo CSI. “O que ele quis dizer com isso? Ele está bravo? Entediado? Está me testando? Ou pior: será que ele só mandou porque estava sem nada melhor pra fazer?”. Enquanto isso, ele provavelmente só estava com fome e lembrou que você é legal.
  Mas não pense que eles também não fazem sua própria ginástica mental tentando entender nossos sinais. Você diz um inocente “faz o que você achar melhor”, e na cabeça dele isso vira um quebra-cabeça mortal: “Ela realmente quer que eu decida, ou é um teste? Se eu escolher errado, vou passar os próximos três dias pagando por isso? E se ela não gostar, vai me falar ou vai guardar na memória pra usar contra mim daqui a seis meses?”.
  E é nesse vai e vem de interpretações que muitas vezes nossos relacionamentos se complicam. Um gesto mal interpretado vira um problemão; uma frase dita na hora errada, um desentendimento. E tudo porque estamos lendo demais (ou de menos) nos sinais do outro.
  Mas sabe o que é curioso? É justamente essa confusão toda que dá charme às relações. Sim, é frustrante tentar entender por que ele demora duas horas pra responder uma mensagem, ou descobrir que “estou bem”, pra ele, significa literalmente “estou bem” (e não “estou um caos emocional”, como poderia ser pra gente). Mas é nesse jogo de tentativa e erro que a gente aprende.   Aprendemos a nos comunicar melhor, a rir das nossas próprias paranoias e a entender que, muitas vezes, o outro não está nos ignorando – ele só não está prestando atenção mesmo.
 Claro, há momentos em que a coisa fica mais séria. Quando os sinais realmente importam e podem mudar o rumo da relação. Aí, entra a importância de uma palavrinha mágica: conversa. Porque, por mais que a gente goste de decifrar enigmas, nada supera uma boa conversa honesta. Perguntar, ouvir, explicar. Parece simples, mas às vezes é o que salva a gente de mil noites mal dormidas tentando entender por que ele cancelou o jantar sem dar muitos detalhes.
  E é assim que vamos equilibrando o jogo. Com bom humor, paciência e uma dose de autoironia. Afinal, não é sobre entender todos os sinais, mas sobre aprender a navegar nessa confusão juntos. E se, no meio do caminho, descobrirmos que aquela mensagem seca era só ele pensando no jantar, tudo bem. Quem sabe, no fim das contas, a gente não estava complicando tanto quanto imaginava?
  Agora, se a relação ainda está nos primeiros contatos, os sinais ganham um toque a mais de mistério. Nesse estágio, todo gesto é amplificado e analisado com a intensidade de uma novela mexicana. Ele curtiu sua foto? Interesse. Curtiu, mas não comentou? Já bateu a dúvida: ele está sendo discreto ou só educado? E quando ele visualiza e não responde? A mente já roda: “Ele está ocupado ou já perdeu o interesse? Quem sabe foi abduzido por alienígenas no meio do caminho?”.
  Por outro lado, os homens também não escapam dessa dança. Eles tentam decifrar se a gente está mesmo interessada ou só sendo gentil. O drama de responder à pergunta “e você está saindo com alguém?” é real pra eles. Porque, dependendo do tom, essa simples frase pode ser um convite ou uma armadilha.
  Nessa fase inicial, os sinais mais confusos aparecem nos “tests” que ninguém admite fazer. Você menciona casualmente um restaurante que adora e fica esperando ele sugerir um encontro ali. Ele, por sua vez, pode até querer, mas está tentando parecer cool e não muito ansioso. Resultado: você pensa que ele não prestou atenção, e ele acha que foi sutil demais. E assim seguimos, criando pequenas telenovelas internas baseadas em cenas que nem o outro notou.
  O mais divertido é que, depois que o tempo passa, a gente olha pra trás e percebe como essa fase é cheia de mal-entendidos hilários. A chave é lembrar que, na maior parte das vezes, todo mundo está tentando acertar – só que usando mapas diferentes. Então, não tem problema dar uma risada disso e, quem sabe, até ser mais direta (ou menos paranóica) na próxima vez. Afinal, se a mensagem não ficou clara, sempre tem aquele emoji salvador pra ajudar: 😉.

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