Por que temos dificuldades em aceitar o término?

em sexta-feira, 15 de novembro de 2024

 
Sobre a imagem: essa mulher é perfeita, a verdadeira personificação de uma mulher que superou o impossível na vida. Ps: Sou hétero, rs. 

Acredito que a dificuldade em superar o término de um relacionamento vem, muitas vezes, de uma conexão profunda que criamos não só com o outro, mas com a vida que construímos juntos, com os sonhos compartilhados e com a identidade que moldamos nesse contexto. Quando tudo isso chega ao fim, pode ser doloroso demais para deixar de lado essa história e, mais ainda, a pessoa que nos tornamos nela. Nos sentimos perdidos, como se uma parte essencial de quem somos tivesse ficado para trás. 
Passei por esse processo algumas vezes, e ele não é fácil. Aprender a aceitar o término como um novo ciclo exigiu paciência e, acima de tudo, a coragem de me confrontar. Primeiro, houve a tristeza, o vazio, aquela sensação de que nada mais faria sentido sem o "nós" que havia antes. Levei tempo para entender que estava tudo bem sentir dor e saudade, que esses sentimentos são parte do luto, e que me permitir sentí-los era necessário para, aos poucos, conseguir soltar o que me prendia a essa fase. 
Superar, para mim, começou a acontecer no momento em que comecei a me reencontrar como mulher, independentemente do papel que eu tinha no relacionamento. Comecei a perceber que o fim também era uma oportunidade de me redescobrir, de lembrar quem eu era antes de tudo aquilo e de explorar quem eu queria ser daqui para frente. Entendi que não precisava "voltar a ser a mesma pessoa", mas sim me abrir para uma nova versão de mim, mais forte, mais autêntica e capaz de seguir em frente.
Esse processo de cura foi acontecendo aos poucos, com um trabalho interno constante, quase como uma construção de quem eu sou, mas afora sem dependências e sem as idealizações do passado. A cada passo, percebia que o sofrimento diminuía, que o peso se tornava menos e que, em seu lugar, surgia uma nova leveza, uma nova vontade de viver a minha própria história, no meu tempo, com os meus sonhos. Novos e velhos.
Hoje, vejo o término como um ciclo que se fechou, para que um novo pudesse se abrir. É difícil enquanto estamos na dor, mas existe uma liberdade em aceitar que certas coisas terminam para que outras comecem. E esse novo ciclo tem sido o espaço para eu me redescobrir, me reinventar, e aprender a viver em paz comigo mesma, independente de qualquer relação.
Com tudo isso, que você que deve estar passando pelo processo, saiba que vai passar, mas é preciso abrir caminhos para isso. Sofra, chore, lamente, é um direito seu, mas saiba que você merece superar, e merece ter a oportunidade de passar por isso e erguer a cabeça, com a coragem para recomeçar a sua vida. Você merece se fortalecer, ser a pessoa que deseja ser. Sacode a poeira, jogue tudo para o alto e recomece. E logo verá que tudo fica mais fácil quando nos permitimos fechar o ciclo e recomeçar outro.
 Comece devagar, com calma, não precisa correr, atropelando tudo pelo caminho. Apenas comece, e faça acontecer. 

Término de relacionamento: Aceitação.



 Continuo recebendo bastante mensagens, pedindo conselhos sobre relacionamentos, principalmente após um término. A maioria dessas mensagens são de pessoas que não conseguem lidar bem com o término, nem superar. Li casos que me deixaram um pouco preocupada. 
 Eu compreendo que o término de uma relação pode ser uma experiência profundamente dolorosa e desorientadora. O fim de um relacionamento traz consigo a perda de sonhos, projetos e uma rotina compartilhada, aspectos que demandam tempo e cuidado para serem processados. Quando você tem uma dificuldade em aceitar e superar essa fase, é essencial compreender que essa resistência pe uma resposta emocional válida e, em muitos casos, faz parte do luto e do processo de reestruturação pessoal. 
Primeiramente, é importante reconhecer que os sentimentos intensos que acompanham o término - como tristeza, saudade e até uma sensação de vazio- não desaparecem da noite para o dia. A aceitação do fim de um relacionamento é, muitas vezes, uma jornada emocional que envolve um processo interno de autocompreensão e fortalecimento. Aqueles que se sentem estagnados nessa fase podem estar, inconscientemente, resistindo à aceitação para evitar confrontar a realidade e o desconforto da perda. 
Um ponto crucial para a superação é criar um espaço de autoempatia, permitindo-se sentir as emoções sem pressa para que desapareçam. Entender que a tristeza, o arrependimento ou até mesmo a raiva são sentimentos natuarais e, quando acolhidos, podem facilitar o caminho para a cura. Para isso, estratégias como expressar essas emoções através da escrita, conversar com amigos ou, quando possível, buscar apoio de um terapeuta, sõa de grande valor. 
Outro aspecto importante é evitar idealizar a relação passada. Quando estamos em sofrimentos, há uma tendência a recordar apenas os momentos bons e minimizar os conflitos e desafios que fizeram parte da relação. Esse filtro emocional pode tornar o processo de aceitação ainda mais complexo, e difícil. Trabalhar para ver a relação com clareza, reconhecendo os motivos que levaram ao término e as questões que existiam, ajuda a contextualizar o fim como um passo necessário para ambos.
Com o tempo, uma abordagem saudável inclui redirecionar a atenção para o próprio crescimento e autodescoberta. O término de um relacionamento oferece uma oportunidade de se reconectar com os interesses, valores e sonhos pessoais. Investir em atividades que tragam prazer e realização, como hobbies antigos, novos aprendizados e fortalecimento das amizades, é uma maneira de construir uma nova base emocional. Dessa forma, você pode redescobrir sua capacidade de sentir-se completo e satisfeito sem depender de uma relação amorosa. Isso se chama independência emocional. 
Superar o término de um relacionamento pode ser desafiador, mas com o acolhimento dos próprios sentimentos e a construção de uma nova narrativa para o futuro, é possível transformar essa experiência em um processo de autoconhecimento e fortalecimento emocional. Lembre-se de que o caminho pode ser árduo, mas é através dele que se torna possível resconstruir-se com maior resiliência e equilíbrio emocional.

Opções de Jejum Intermitente e métodos.

 
É sabido, atualmente, que há várias opções de jejum e métodos (dias de dieta restritivas e dias de dieta liberada). Mas o que poucos sabem é que existe também os mais adequados para as mulheres com mais de 40 anos, acima de 70 kg. 
Vamos começar com as opções de Jejum Intermitente. 

1. Método 12/12 (Início suave, para iniciantes)
Como funciona:
Você come dentro de uma janela de 12 horas e jejua por outras 12. Por exemplo,poe comer das 8h ás 20h.
Por que pode funcionar bem: Esse é um jejum mais leve e fácil de adaptar, especialmente para quem está começando. Também tem menos impacto no humor e nos níveis de energia,o que pode ajudar a manter o hábito. Ele ainda permite um período significativo de jejum, mais é flexível o suficiente para manter refeições regulares. 

2. Método 14/10 ou 16/8 (Progressão gradual).
Como funciona: No 14/10, você come dentro de uma janela de 10 horas e jejua por 14. No 16/8, por come dentro de uma janela de 8 horas e jejua por 16.
Por que pode funcionar bem: Após algumas semanas com o método 12/12, você pode progredir para 14/10 e, eventualmente, para o 16/8, caso sinta-se confortável. O 16/8 é muito popular porque oferece uma janela de alimentação mais restrita (por exemplo, das 12 às 20h), o que pode ajudar a controlar a ingestão calórica sem ser tão rígido. 

3. Método 5:2 (flexível e eficiente)
Como funciona: Nesse método, você faz uma restrição calórica mais intensa (aproxidamente 500 a 600 calorias) em dois dias não consecutivos da semana e come normalmente nos outros cinco dias. 
Por que pode funcionar bem: Essa abordagem permite que você mantenha refeições regulares e jejue apenas duas vezes por semana, o que pode ser mais fácil para quem prefere manter a uma rotina de alimentação mais tradional. Poder uma boa opção se o jejum diário for um desafio para você.

Qual escolher?

Para você que tem de 70kg a 80kg, mais de 40 anos, um bom ponto de partida seria o método 12/12. Ele é simples, e muitas pessoas conseguem aderir sem sentir uma grande diferença no começo. Se você se adaptar bem, pode evoluir para o 14/10 ou 16/8. Outra opção é o método 5:2 se preferir restringir em dias específicos, como nos finais de semanas, por exemplo. 

Dicas para o jejum

Hidrate-se bem durante o período de jejum, consumindo água, chás sem açúcar e, se quiser, café sem adoçante.
Priorize alimentos nutritivos na janela de alimentação, com proteínas, gorduras saudáveis, fibras e muitos vegetais, o que ajuda a manter saciedade e a controlar o peso. 
Seja paciente com o processo. Nas primeiras semanas, é normal sentir fome no início do jejum, mas isso tende a diminuir com o tempo à medida que o corpo se adapta. 

Lembre-se de acompanhar como se sente ao longo do tempo e de procurar ajuda profissional se notar algum desconforto ou desequilíbrio.

Como eu sempre aconselho: procure um especialista, faça exames regulares de rotina, e verifique sua tireóide também. Fazer um acompanhamento da sua saúde é o passo mais importante de qualquer dieta que escolha fazer, ok?

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