👪 Saúde mental materna

 



  Estamos há dois anos com a pandemia, e muitas mulheres viraram mamães, seja de primeira viagem, ou de mais uma em sua vida. E como vai a saúde mental dessas mamães? Os filhos estão mais tempo em casa, o marido, às vezes, não ajuda a toma conta, nem mesmo ajuda essas mamães com as tarefas domésticas. A mulher fica extremamente exausta, e não é só fisicamente, mas mentalmente também. 
  A mulher recebe uma educação de que ela cresce para estudar, casar e ter filhos. Na maioria das vezes, só para casar e ter filhos, dependendo das famílias e suas crenças. Com isso, a mulher carrega a responsabilidade do lar, da maternidade, e acabam deixando de serem mulheres em 60% do tempo, ou mais. Isso é triste.
  Conheci algumas mamães que com esse tipo de educação que receberam, acabaram tendo problemas com a maternidade, logo após o parto, pois ficam bastante sobrecarregadas. Uma delas, teve depressão pós-parto, e a família não deu atenção às suas queixas de cansaço físico, além da total falta de vontade de exercer o seu papel de mãe. Tentou cometer suicídio duas vezes e foi socorrida a tempo, e hoje passa por acompanhamento psiquiátrico. 
  O que acontece, é que desde muito antes da pandemia, é que a cada 10 mulheres, cerca de cinco sofrem de depressão pós-parto atualmente. Esse número é muito preocupante, para uma geração de mamães modernas, que muitas vezes, não planejaram suas gravidezes, e acabam abrindo mão do trabalho, das viagens, e até de relacionamentos. Imagine comigo, as mães solteiras, totalmente sozinhas passando por isso. Há várias por aí. O resultado disso tudo varia, até mesmo de abandono de bebês em lugares até inusitados, porque a mãe não sabe lidar com a situação. E não, eu não estou defendendo quem abandona bebês no lixo. Estou apenas dizendo que a gente não sabe o que se passou na cabeça dessas mães, no desespero delas em abandonar o bebê. 
  Nós mulheres, carregamos muitas responsabilidades juntas, muito mais do que os homens. E nem vou falar do que a gente já enfrenta sem a maternidade, que já é muito, e com um bebê, essas responsabilidades só se multiplicam e parece não acabar nunca. 
 Mas, só para lembrar que abandonar bebês, crianças, adolescentes e vulneráveis, é crime, viu. Se não pode cuidar, deixe em um lar para adoção, tudo certinho, ou com algum parente que queira cuidar. Jamais abandone um bebê de forma inaceitável. A gente até pode entender os seus motivos, mas jamais dá para justificar um ato como este. Procure um lar para adoção, para que uma família possa cuidar do seu filho e ele tenha uma chance de ter uma vida melhor. 
  E o que fazer com a saúde mental da mamãe? Procurar ajuda. Sempre. 
  Se você, marido, ou próximo de uma mamãe que esteja com sinais de depressão, procure ajuda, se oriente em como pode ajuda-la. Até mesmo nos postos de saúde do Brasil, tem serviços de terapeutas e psicólogos, gratuitamente. Em alguns hospitais, é possível também ter acesso ao serviço psicológico, de forma gratuita. Se informe na sua cidade, e se ajude, estará ajudando também o seu filho.
 E como saber que está com depressão pós-parto?
 Vamos entender primeiro que uma das principais causas da depressão pós-parto é a sobrecarga materna. Ou seja, a mamãe cuida de tudo sozinha, sem ajuda nenhuma. A mãe acaba não descansando o suficiente, nem mesmo se cuidando ou se alimentando. Eu passei por tudo isso, e tive que trabalhar para não me entregar à depressão, e minha filha foi a minha força. Eu não tinha tempo para tomar um banho decente, nem mesmo para comer. Eu mal penteava o meu cabelo e me alimentava muito mal. Era extremamente cansativo, e eu ainda estava com pontos do parto inflamado, que só consegui andar bem depois de uma semana do parto. Eu chorava muito, quase o tempo todo porque me sentia sozinha e exausta. Então, eu entendo bem as mamães que passam por isso.
  Quanto mais exausta e sobrecarregada, maior a chance da depressão pós-parto. E quais os sinais? 
  Melancolia, cansada da própria existência, choro o tempo todo, sem vontade para nada, e até o choro do bebê incomoda. Em alguns casos, a depressão passa de um limite alarmante, e a mãe não sabe mais o que está fazendo com a criança. Já houve relatos de mães tentando matar seu bebê, e também, os abandonando, como falei acima, porque elas já não sabem mais o que fazerem, estão doentes mentalmente e precisam de ajuda.
  
Há também a doença baby blues. E que é essa doença?
É quando a mãe se preocupa com excesso com o bebê. Resumindo, ela fica neurótica. Eu tive essa fase depois dos dois anos da minha filha, e nem fazia ideia do que era isso. 
Essa doença acompanha a depressão pós-parto? Ás vezes sim, mas geralmente vêm separadas.

Veja abaixo os sintomas das duas doenças.



Tanto Baby blues quanto a depressão pós-parto, pode dificultar o vínculo entre mãe e filho, por isso é importante ficar atento aos sinais e buscar ajudar psicológica, para que possa ter uma maternidade tranquila e saudável. 

Sei que muitas mulheres adoram romantizar a maternidade. A maioria delas que romantizam têm condições de manter uma babá, ou deixar com alguém para cuidar. A mulher que precisa ficar o dia todo, 24 horas cuidando do pequeno tem muito mais chances de terem problemas mentais, devido ao esgotamento físico e emocional. Seria muito interessante uma mamãe ajudar a outra nesse momento, mas nem sempre é possível.

É preciso lembrar também, que por ter uma dessas doenças, você não é uma péssima mãe, só precisa de ajuda, de um auxílio com o bebê. Então, nada de ter vergonha de pedir ajuda a alguém. Se não for possível, vá um posto de saúde e peça para falar com um psicólogo, mas não enfrente isso sozinha, jamais. Se tiver parceiro, abra o jogo com ele, peça a ajuda dele. E se ele não ajudar, amiga, pé na bunda dele. 





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