💜 O que os realities Shows ensinam sobre relacionamentos.

  

 Estamos em uma época em que os realities caem fácil na boca do povo e o que preocupa mais diante desse cenário é a cultura do cancelamento. Principalmente quando o programa leva nomes famosos, como acontece em A Fazenda, Big Brother Brasil e outros, onde o risco dos cancelados de perderem contratos importantes é ainda maior. Eu, particularmente só curto realities que envolvem apenas anônimos, como o Terrace House, que é japonês e faz um grande sucesso na Ásia. Eu tenho acompanhado praticamente todas as temporadas da série, de tanto que amei. E o estilo é bem diferente, então o choque cultural é grande em vista dos realities que acontecem no Brasil. 

No Terrace House, por exemplo, não tem cenas de sexo, e mal tem de beijos, pois a cultura japonesa é bastante reservada quando se trata de demonstração de afeto em público. Em contrapartida, o envolvimento dos participantes é ainda mais intenso e devagar, dependendo de onde o reality está sendo gravado, pois eles mudam de países, mas sempre levando a cultura japonesa entre os envolvidos. Além de tudo, até os objetivos do reality são diferentes: Namorar. A ideia original do reality é formar casais, mas alguns participantes vão para se encontrarem, se reconectarem com si mesmos. Acho que foi isso que acabei gostando tanto. E além de tudo, não há confinamento nesse programa, os participantes podem sair da casa, continuarem trabalhando, estudando e podem levar os pretendentes a encontros. Isso facilita muito a comunicação entre eles.

  Mas, afinal de contas, os realities ensinam alguma coisa sobre relacionamentos? Ensinam, e muito. Vamos por parte. No caso de realities com confinamento como os que o nosso país exibe, eles ajudam muito no foco. Ou seja, você fica confinado com pessoas diferentes, conhece tanto as qualidades quanto os defeitos de cada um. Se você se sente atraído por alguém, fica fácil focar, conhecer melhor, dialogar, não tem para onde correr e não há tantas distrações como temos fora de uma casa assim. Eles não trabalham, apesar de terem algumas atividades esporádicas para cumprirem. Eles têm tempo de sobra para investirem nos relacionamentos que nascem dentro da casa. E há o outro lado da moeda que pode ser cruel, dependendo do seu nível de sabedoria e maturidade. Caso o relacionamento não dê certo, o que você faz? É obrigado a conviver com a pessoa. E caso esteja dando certo, corre o risco de um dos envolvidos saírem da casa. Então o foco é a primeira coisa que você aprende. Você foca mais no seu parceiro, convive mais com ele, embora haja mais risco de caírem na rotina e a relação se tornar cansativa. 

  O reality que comentei, Terrace House, os participantes podem sair da casa, mas moram juntos. E eles saem da casa quando bem querem. Geralmente, há vinte e quatro episódios por temporada mas costumam estender para trinta e seis episódios se tiver boa audiência. Nesse, você conhece seu pretendente e é livre para leva-lo onde quiser, e fazer diversos programas, e ainda pode viajar. Apenas moram juntos e toda a convivência é filmada e mostrada na plataforma da Netflix. Bendita seja a Netflix!!! E o que esse tipo de reality ensina? Dividir o mesmo teto com a pessoa amada, mas ter a sua individualidade preservada. Muitos casais se formaram no programa e alguns continuam juntos até hoje, como a Seina Shimabukuro com Noah Ishikura, que aliás, a Seina participou do reality três vezes, se não me engano. 

 Quando a gente fala em reality, só consegue pensar em vidas vigiadas por todo o país. Por um lado, essa moda é um pouco fantasiosa, já que na vida real tendemos a ser diferentes em relação ao focos e com rotinas diferentes. O confinamento, sob o ponto de vista de vários especialistas, afeta e muito o psicológico dos participantes. Por outro lado, você estar dentro do programa, sob o confinamento, passa a perceber melhor quem você é, os seus defeitos e qualidades transparecem melhor para si mesmo. Se tiver sorte, sai do reality com a visão sobre si mesmo mudada, para melhor, quem sabe. No caso do Terrace House, os participantes saem quando se sentem preparados para os novos desafios da vida fora da casa, se sentem mais confiantes e maduros, e a falta de confinamento talvez ajude muito nisso, não deixa a relação cansativa e dá mais liberdade para você desencantar da pessoa sem maiores problemas.

  Já pensei em trazer o programa para o Brasil, mas o Terrace House, como já falei, leva muito a cultura japonesa. Se for para fazer no Brasil, ele teria que ser gravado durante todo o processo e só ser exibido depois. No caso do modelo japonês, eles exibem por semana cada episódio. Eles resumem por semana. Ah, há os comentaristas que eu realmente os adoro, eles são muito engraçados apesar de ensinarem muita coisa. Eles fazem análises do comportamentos de todos os participantes do reality, e isso ajuda a gente a refletir mais sobre tudo o que rola, e a gente acaba se perguntando se somos assim, se fazemos isso e aquilo, e nos ajuda a policiar mais nosso comportamento em nossa própria realidade.

  Então, os realities podem sim nos ensinar e muito como funcionam os relacionamentos humanos e apaixonados. Ensina muito sobre nós, sobre a empatia, respeito, nos colocar no lugar do outro. Eu acho que aprendi muito mais depois de acompanhar o Terrace House, do que os realities que rolam no Brasil, que tem muita putaria, confusão, baixarias de vários níveis. Não curto. O Terrace é muito mais tranquilo e dá pra assistir com a família toda sem constrangimentos.

  E você, o que aprende com os realities? Você participaria de um? Qual. Como você seria dentro de um? Acha que mudaria alguma coisa na sua vida? Essas perguntas nos fazem refletir sobre quem somos em nossa realidade e como nós seríamos nos realities. É interessante, né?

Veja aqui abaixo, uma palhinha do Terrace House:

  É bacana, né? Está sendo exibido na netflix, mas há sites por aí que liberam algumas temporadas por fora, ainda assim, recomendo que assista na plataforma da Netflix mesmo, tá?

Espero que curta. 

Bye

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